A imaginação estabelece o seu próprio prazo de validade, e por essa razão o futuro só consegue ser amável até onde a nossa vista alcança. A partir de uma certa distância, perde-se a capacidade de representação e a paisagem que nos surge é inóspita, como se a nossa projecção começasse a perder cor, e o tempo imaginado nos expulsasse de lá.
Lídia Jorge
Fonte: "Contrato Sentimental", 2009, Sextante
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